Sobre la fotografía: Julio Cortázar, Michelangelo Antonioni y Montserrat Roig -- Regina, Jobim: Aguas de março

<<Entre las muchas maneras de combatir la nada, una de las mejores es sacar fotografías, actividad que debería enseñarse tempranamente a los niños pues exige disciplina, educación estética, buen ojo y dedos seguros>>.

Julio Cortázar, Las babas del diablo

<<La Natàlia va comentar que això de la fotografia devia ésser meravellós (feia poc que havia vist Blow Up d'Antonioni) i que li agradaria molt d'aprendre'n. L'oncle Philip la va mirar amb els ulls d'aigua marina y va fer, doncs som-hi. Jo m'ensopeixo, no tinc gaire feina i t'ensenyaré a argumentar una fotografia, a donar valor a una imatge, que sembla fàcil i no ho és>>.

Montserrat Roig, El temps de les cireres

https://youtu.be/cOdh4RDLAQQ Blow Up, de Antonioni (tráiler)

Vanessa Redgrave, en Blow Up

Una escena de Blow Up

Vanessa Redgrave y David Hemmings, en Blow Up 

Gillian Hills y Jane Birkin en Blow-Up 


https://youtu.be/E1tOV7y94DY Elis Regina, Tom Jobim: Aguas de março

É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol É peroba no campo, é o nó da madeira Caingá candeia, é o matita-pereira É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira É o vento vetando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da ciumeira É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de a tiradeira É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manha, é o tijolo chegando É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato na luz da manhã São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É uma cobra, é um pau, é João, é José É um espinho na mão, é um corte no pé São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terça São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração

Comentarios

Entradas populares